domingo, 2 de setembro de 2012

Tipologia das extensões de nomes de domínio

Mapa das extensões dos nomes de domínio internacionalizados por país

As extensões de nomes de domínio classificam-se numa tipologia baseada na utilização deles, a priori ou não, como por exemplo as extensões geográficas ou de acordo com a atividade.

Os domínios de topo (TLD, para Top-Level Domain) correspondem à etiqueta colocada após o último ponto do endereço (o .com em duckduckgo.com), os domínios de segundo nível correspondem à etiqueta anterior quando não serem o nome de domínio próprio (o .com em achei.com.br).

Vamos ver agora quais são os tipos de domínios e as extensões deles.

Domínios de topo de infraestruturas

O domínio de topo de infraestruturas contem só uma extensão, é o .arpa usado internamente pelos protocolos de Internet.


Domínios de topo genéricos

Também chamados gTLD (para generic Top-Level Domain), eles incluem todas as extensões não geográficas.
Alguns estão restritos a uma classe de utilizadores (.biz para os negócios, .name para as pessoas, .pro para os profissionais), outros não o estão (.com para os sites comerciais, .net para as redes, .org para as organizações sem fins lucrativos), mesmo se eles estão abertos a qualquer tipo de conteúdo.


Domínios de topo patrocinados

Também conhecidos pelo acrónimo sTLD (para sponsored Top-Level Domain), requerem a confirmação da actividade da organização que os possui (.edu para as instituições de ensino aprovadas nos Estados Unidos, .aero para as indústrias do transporte aéreo, .mobi para a Internet móvel).


Domínios de topo de código de país

Com o acrónimo ccTLD (para country code Top-Level Domain), baseiam-se na norma ISO 3166-1 dos código de país e têm, portanto, duas letras (.br para o Brasil, .pt para Portugal, .fr para a França, .uk para o Reino Unido, .mx para o México).

Alguns deles são usados indevidamente. Chamam-se domínios de conveniência (ou Vanity ccTLDs) que nos lembram as bandeiras de conveniência da marinha mercante. Alguns jogam na semelhança com outros, como o .co colombiano ou o .cm camaronense muito perto do .com, outros sobre o significado deles, especialmente em inglês (o .is islandês que dá, por exemplo, who.is). Eles também ajudam na formação de nomes de domínio com várias partes, como blo.gs (Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul), del.icio.us (Estados Unidos da América), ou ainda cr.yp.to (Tonga), e, incidentalmente, fazem-nos descobrir um pouco de geografia.

Entre os mais utilizados, encontramos por exemplo:
  • .ly
    A extensão da Líbia, gerida por Nic.ly custa cerca de US $30 por ano (ou 40 dinares líbios, fonte). Ela serve para formar nomes longos, como visua.ly, instant.ly ou intelligent.ly, e é particularmente popular para os encurtadores de URL (bit.ly, ow.ly, to.ly) que surgiram devido às limitações do Twitter.
  • .me
    Oficialmente associada a Montenegro desde setembro de 2007, a extensão .me é gerida por Domain.me e tinha 644 000 domínios no 1° de julho de 2012 (fonte). Esta extensão custa $9/ano.
  • .nu
    Gerida pela empresa NuNames em nome da ilha de Niue (no sul do Oceano Pacífico), a extensão .nu conheceu rapidamente o sucesso desde a sua criação em 1997, já que é pronunciada como new (novo) em inglês, e nas línguas germânicas faladas na Bélgica, nos Países Baixos, na Dinamarca e na Suécia onde significa agora. O preço de um nome de domínio com esta extensão custa cerca de US $28/ano, dependendo do registrador.
  • .tv
    As Ilhas Tuvalu fizeram da sua extensão de nome de domínio um verdadeiro recurso estratégico. Confiada a uma subsidiária de VeriSign, a sua exploração rendeu quase 50 milhões de dólares em 12 anos para os ilhéus, à proporção de $25/ano o nome de domínio (o preço com NameCheap).

Domínios de topo de código de país internacionalizados

Desde o 5 de maio de 2010, agora é possível registrar extensões de nomes de países internacionalizadas (IDN ccTLD ou ccIDN). Egito já aprovou a sua extensão مصر. (por exemplo, com http://وزارة-الأتصالات.مصر/), A Arábia Saudita لسعودية. (ver http://سجل.السعودية/), e os Emirados Árabes Unidos امارات. (com http://عربي.امارات/), todos os três em maio de 2010.

Outros alfabetos já são suportados:
  • o cirílico
    • .рф para a Rússia em maio de 2010 (estatísticas)
    • .қаз para o Cazaquistão em março de 2012
  • o chinês tradicional e o simplificado
    • .中國 e .中国 para a China em junho de 2010
    • .台灣 e .台湾 para Taiwan em junho de 2010
    • .香港 para Hong Kong em março de 2011

Muitos outros países já começaram o processo e encontram-se em fases diferentes deste (preparação, avaliação e delegação).

Esta tendência anuncia a chegada de extensões específicas para comunidades culturais e linguísticas, especialmente na Europa e na Rússia.

Não obstante, algumas regras são impostas pela ICANN para evitar possíveis confusões entre caracteres latinos e caracteres doutros alfabetos. A extensão .ελ grega foi recusada pelo facto de ser demasiado perto da .ea (além disso não alocada), e a .бг búlgara por ser visualmente demasiado perto da .br brasileira.


Domínios de topo reservados

Reservados para um uso diferente do de nomes de domínio, os rTLDs (para reserved Top-Level Domains) são anedóticos. Encontramos neste conjunto o .example, o .invalid, o .localhost e o .test.

Aqui está uma visão geral dos tipos de extensão de nomes de domínio atualmente utilizados. Para aqueles que querem apostar no mercado dos nomes de domínio, saibam que existem vários registradores e hospedeiros que podem oferecer os seus serviços.

Fonte da ilustração: Byte Level

Tipología de las extensiones de los nombres de dominio (em espanhol)
Types of domain names extensions (em inglês)
Typologie des extensions de noms de domaines (em francês)

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